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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Essas Oncinhas… Entre os homens e a sensibilidade.

"Oncinhas vocês gostam de homens sensíveis? É sim ou não, rápido, sem tempo pra pensar.
Afinal o que é o homem sensível, este ser mitológico que apenas e somente ronda o imaginário feminino? É aquele que chora assistindo Titanic pela enésima vez? Ou é aquele que, no instante mágico dos 5 segundos que antecedem um beijo, larga a oncinha vendo navios para ouvir a declamação de “Metade” com Oswaldo Montenegro? Homem sensível é aquele que te arrasta pro cinema lotado, porque você não pode perder de jeito nenhum a pré-estréia de “Comer, Rezar, Amar”, já que a protagonista sai em busca do “eu interior” e do autoconhecimento (mesmo sem saber vírgula de filosofia, ioga ou hinduísmo)?
Longe de mim, fazer pouco dessas atitudes, mas o cara tem uma função maior, precisa desempenhar um papel que somente ele pode cumprir a contento: o de ser HOMEM.
Opa, de novo, pisando em terreno perigoso. Calma, guardem as facas.
Oncinhas, o homem PRECISA ser o cara que saiba trocar uma lâmpada, consertar uma tomada, trocar um pneu – no mínimo, tem que saber calibrar um pneu. O homem é o ombro que ampara, o braço que sustenta. Vem cá: qual das oncinhas presentes não gostam de ser carregadas no colo e colocadas cuidadosamente sobre a cama?
Para os homens que passam por aqui (já falei, eu sei que vocês rondam aqui), um recado: aprendam a trocar tomada, interruptor, resistência de chuveiro, torneira e demais coisinhas do dia-a-dia que são fáceis de fazer e mantém o “marido de aluguel” a uma distância segura das suas oncinhas.
Homem tem que abrir potes de vidros sem fazer caretas, e quando abrir o benedito cujo, tem que olhar pra oncinha como quem diz: tá aí, ó. E pros homens que estão se gabando que isso é pouco, experimentem abrir a porra de um vidro de esmalte que colou a tampa. O desgraçada é pequena pra pegar com a mão toda e grande pra pegar com dois dedos. Um inferno.
Homem tem que acender churrasqueira, sem gastar uma caixa inteira de fósforo, nem deixar o ambiente com aquele cheiro de galinha depenada, quando queimar todos os pelos do braço.
Homem tem que ter pegada, saca? Se tem a hora do cafuné nos cabelos, também tem a hora de puxar os cabelos. Em quatro paredes só não vale xingar a mãe.
Há quem diga que homem assim não é parâmetro de nada, mas também, ninguém explicou a utilidade de um que só chora.
Pro homem ser sensível é preciso que ele entenda você no silêncio, que ele leia seus pensamentos e interprete seu olhar. O homem sensível sabe que, quando você pergunta se aquela menina ali é bonita (ou gostosa), a resposta é: “óbvio que não”, seguido de um abraço apertado (isso afirmará, silenciosamente, que sua oncinha é a delícia da sua vida). Homem sensível pega no ar e sabe diferenciar quando a oncinha está conversando, perguntando ou simplesmente tagarelando (acreditem, tem uma grande diferença). O homem sensível sabe quando ele toma um esporro por total merecimento ou por causa da maldita TPM. Se for a segunda, tranquilo, amanhã ela estará a mesma oncinha adorável de sempre.
Trocando em miúdos, homem sensível, pode até chorar no final do filme, mas na hora de abrir um vidro de palmito, com licença, estou chegando.
PS: mulheres, vocês mesmas conseguem trocar uma lâmpada. É só desrosquear a queimada e rosquear a nova. Nós, homens, analisamos a lâmpada queimada com cara de intelectual pra valorizar, ok?"

Beijocas

Rubens Gualdieri

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